7,2% da população do DF tem mais de 60 anos

Fonte: Jornal de Brasília 


Pouco mais de 7% da população do Distrito Federal é formada por idosos, uma parcela que carece de mais atenção e cuidado. Eles possuem grande bagagem e experiência, além de já terem contribuído para o desenvolvimento das pessoas e da cidade. Mas nem todos respeitam e valorizam a maior idade, apesar de que um dia também enfrentarão a velhice.

O dia 1º de outubro é dedicado ao idoso, uma comemoração que, no DF, diz respeito a quase 200 mil pessoas com mais de 60 anos. De acordo com a Companhia de Planejamento (Codeplan), a população idosa do DF era, em 2009, de 186.531, equivalendo a 7,2% da população. Apesar do número, não existem políticas públicas consolidadas para esse segmento no DF.

No entanto, para demonstrar a importância da terceira idade e amparar a cidade com a maior expectativa de vida do País – 75 anos –, foi criada, há quase dois meses, a Secretaria do Idoso. De acordo com o secretário Ricardo Quirino, o órgão trabalha com limitações, mas o objetivo é realizar parcerias para cumprir o que determina o Estatuto do Idoso. “Quando aceitamos o trabalho, sabíamos que ainda não teríamos orçamento, o que dificulta, mas não inviabiliza. Mas não estamos desamparados, temos ajuda das outras secretarias”, explica. “Sabemos que assim como todo o Brasil, o DF não está estruturalmente preparado para os idosos, mas nós acordamos e vamos correr atrás. Se conseguirmos aplicar pelo menos 10% do que diz o estatuto, muita coisa muda”, disse Quirino.




DESAFIO 

E o DF tem mesmo que se preparar pois, de acordo com pesquisa prospectiva realizada pela Codeplan, se continuar no mesmo ritmo, em 2030 a população será de 3.270.564 habitantes e 15% será de idosos. 

O índice de envelhecimento será de 51,1%, o que significa que para cada cem pessoas menores de 15 anos existirão 51 de 65 anos ou mais. As mulheres com idade acima de 60 anos representarão 42,1% a mais que os homens da mesma idade. E aquelas com idade superior a 80 anos estarão praticamente sozinhas, pois serão 95% a mais que os homens. 

Segundo Ricardo Quirino, o maior desafio é juntar as forças e as unidades que cuidam de idosos. Hoje, no DF, só existem centros de convivência particulares e filantró- picos, nenhum é público. E as casas-lares, recebem benefícios do governo. “Pretendemos fazer uma reestruturação para trabalharmos em equipe. Os centros de convivência, em sua maioria, são pequenos e temos vontade de fazer um grande centro para atender a todos as cidades e tornar-se referência. A verba repassada para as casas lares é de R$ 132 por idoso, o que é muito pouco e isso tem de ser revisto”, observa
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