1) Não comprometa seu patrimônio
Se o aposentado optar por continuar a trabalhar, a regra número um é não colocar em risco o patrimônio, afirma Reinaldo Domingos, educador financeiro e presidente do Instituto DSOP.
"Não dá para pegar o fundo de garantia e todas as economias e abrir uma grande franquia, por exemplo. Sempre é possível que o negócio dê errado, o que o levaria a perder tudo,” diz Domingos.
2) Tenha um sócio:Antes de assumir toda a responsabilidade sozinho, achando que terá para sempre o mesmo vigor físico e a mesma agilidade com o raciocínio, o aposentado deve pensar em ter um sócio. Assim, consegue dividir tarefas e trocar ideias.
De Julio sugere que o aposentado se policie para não ficar pensando que tem toda a experiência do mundo e, por isso, não precisa de ninguém. “Eu indicaria sempre trabalhar com sócios. Não apenas o parceiro financeiro, mas alguém que troque informações. O trabalhador vai ficando mais velho e, muitas vezes, precisa de alguém para discutir opiniões e manter o negócio atualizado,” afirma.
3) Consultorias são boas oportunidades para aproveitar a experiência
Se a aposentadoria já está deixando saudades dos tempos em que era admirado e reconhecido em sua atividade, por que não voltar para ela? Fazer consultoria é uma ótima oportunidade, diz De Julio, uma vez que será possível colocar sua experiência em prática de uma forma mais leve.
“Se o trabalhador viajava bastante a trabalho, por exemplo, pode oferecer consultorias de viagens para executivos ou para terceira idade” diz. Para fazer isso, não é preciso um grande investimento, já que o escritório pode ser pequeno ou o serviço pode ser no espaço do cliente. Outra opção é dar consultoria matrimonial, caso o aposentado tenha muito tempo de casado.
4) Microfranquias permitem trabalhar com algo totalmente diferente
As microfranquias nada mais são do que franquias de baixo investimento, assim, podem ser uma opção para aposentados, já que não se deve usar grande parte do patrimônio para investir em um novo negócio depois de aposentado. Há diversas opções que custam entre R$ 15 mil e R$ 25 mil, diz Marco Imperador, sócio-diretor da empresa de microfranquias Zaiom.
Outra vantagem é a possibilidade de fazer algo totalmente diferente da atividade que consumiu tantas horas nos anos anteriores. Imperador diz que isso é possível uma vez que as microfranquias permitem a transferência de conhecimento sobre o negócio. “Quando temos uma pessoa que passou a vida inteira em uma atividade só, é difícil começar algo diferente. Mas a franquia já com Know- how ,” diz.
5) Converse na empresa sobre a possibilidade de continuar a trabalhar lá
Nos Estados Unidos, é bastante comum o trabalhador prestar serviço para a mesma empresa depois de se aposentar, o que poderia ser uma boa opção para os brasileiros, na opinião Pinski. “São pessoas que adquiriram uma bagagem de conhecimentos e experiências extremamente valiosas e que infelizmente, no nosso País, muitas vezes não são reconhecidas,” afirma.
A recomendação dele é que, caso o aposentado tenha o desejo de seguir na mesma companhia, tente conversar. “Acho que a empresa tem muito a ganhar com isso e o funcionário também.”
6) Prepare-se para ficar sem a tão esperada liberdade
É louvável e válido querer continuar trabalhando, diz o consultor financeiro Antonio De Julio, do MoneyFit. Mas é preciso ter em mente que poderá colocar em cheque a liberdade que demorou tantos anos para conquistar, afirma.
Ele sugere que, depois de ter certeza que não sofrerá com a falta de liberdade, o aposentado planeje bem seu negócio e determine previamente os fluxos de trabalho, de preferência com uma carga horária menores do que anterior. Também é preciso saber, de antemão, se a nova atividade permitirá tirar férias e fazer uma programação, de acordo com o tipo de negócio, para poder descansar algumas vezes no ano.
7) Faça algo que de que realmente goste
É comum encontrar pessoas que passaram a vida trabalhando a contragosto. Portanto, quando consegue se libertar, nada de repetir o erro, diz De Julio. Se pretende ter uma segunda vida profissional, não faz nenhum sentido fazer algo de que não goste. “Antes de tomar qualquer decisão, é essencial perguntar: ‘eu gosto do que vou fazer?’”, diz o consultor.
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