Estudo mostra que é comum parentes se apropriarem do dinheiro dos idosos


Quando chega a terceira idade, o que as pessoas nessa condição mais almejam é o carinho e o respeito de quem está próximo. No entanto, a realidade mostra que a vida de muitos idosos nem sempre é assim. Dados da Central Jurídica de Atendimento ao Idoso (CJI) revelam que a violência psicológica e financeira estão presentes em 85% das demandas relacionadas a crimes contra pessoas com mais de 65 anos. E o que é pior: essa violência, na maioria das vezes, parte de alguém muito querido.


Desse total, 36% das denúncias estão vinculadas à violência financeira. Os expressivos números levam ao inevitável questionamento: os brasileiros estão preparados para ter uma velhice digna?



A violência financeira consiste na exploração indevida da renda e apropriação do patrimônio do idoso. O que deveria ser usado para dar amparo no momento em que mais precisam, acaba por torná-los reféns. Dessa forma, deixam de desfrutar da indepedência financeira e passam a ser vítimas de coação.



De acordo com o levantamento da CJI, vinculada ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), 23% das vítimas contam com remuneração acima de cinco salários minímos (R$ 3.390). A renda – alta ou baixa – do idoso muitas vezes o coloca como alvo de mais violência.


Apropriação



Segundo o psicologo Rafael Ribeiro, a violência financeira pode ser velada: “Muitas vezes, o parente não pega o dinheiro descaradamente. Ela acontece de várias formas. Por exemplo, quando o filho se apropria de seu cartão de crédito alegando que irá administrar o salário e acaba se apropriando dele”.


O enfermeiro Marcos Gonçalves, funcionário de um abrigo para idosos, afirma que já presenciou esse tipo de violência.“Muitas vezes familiares e amigos obrigam o idoso a contrair empréstimos e outras dívidas ou a se desfazer de seus bens. Infelizmente, isso é mais comum do que imaginamos”, disse.

Fonte: Clica Brasília
Compartilhe este artigo :

Postar um comentário

 
Copyright © 2011. Ricardo Quirino - All Rights Reserved
Proudly powered by Blogger