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                                                                                          18/10/2011
Vamos fazer valer o direito do Idoso

Falar em desrespeito ao idoso, nos remete a necessidade de um grande trabalho de conscientização da sociedade a ser realizado. Ninguém se sente a vontade ao se sujeitar a obrigações de fazer ou de não fazer algo. O ser humano, na sua grande maioria, não gosta de submeter-se às leis, regras e normas.
Por isso, nós temos uma grande dificuldade em fazer valer os direitos do outro. Geralmente, cobramos do nosso semelhante os deveres, mas em contra partida esquecemos um pouco dos nossos. Por exemplo: Durante a greve no setor bancário estive em um lugar onde as pessoas estavam reclamando a falta de caixas disponíveis e o tamanho da fila para pagamento de suas contas em uma lotérica. Mas, quando um casal de idosos chegou e requereu seu direito de preferência, foi criticado através de palavras duras dentro daquele grupo que reclamava do tamanho da fila e da má qualidade no fornecimento daquele serviço. Ou seja, eu me sinto ofendido porque o meu direito a um atendimento perfeito está sendo violado, mas não me sinto acusado em criticar o outro que esta requerendo o cumprimento de seus direitos.
A transformação e o respeito aos direitos pela imposição da lei é importante, mas seria bem melhor que isso acontecesse através de um desenvolvimento sócio cultural.
                                               
                                                Por Ricardo Quirino - Secretário Especial do Idoso do DF                                     






No ônibus, desrespeito ao Idoso


Esse é o problema, a nossa Cultura...
Em um veículo de transporte Público aqui no Distrito Federal, no ultimo domingo, (09) aconteceu um daqueles casos que nos desperta repulsa  e indignação.
No ônibus que saia da Rodoviária Plano Piloto sentido Riacho Fundo I - linha 172 da empresa São José  de n° 74080 , aconteceu  um descaso total com  dois idosos, uma  “senhora”  com aproximadamente  80 anos  e um senhor que aparentava  70 anos,  ambos  estavam dentro do  coletivo e foram motivo de chacotas e desrespeito por parte do cobrador e motorista, devido a demora dos mesmos ao   descerem do coletivo.
 -Cadê a carteirinha, senhora! Perguntou o motorista para a idosa que devagar descia os degraus do ônibus, não foi possível verificar se ela  mostrou a carteirinha ou pelo fato da dificuldade de descer não conseguiu abrir a bolsa para mostrá-la ao motorista, que já indignado demonstrava impaciência  na espera por sua descida.
Já na parada do Riacho Fundo I, foi  a vez do “Senhor Idoso” , e outra vez   a dificuldade de locomoção o fez demorar descer aqueles degraus, o que veio causar mais uma vez a indignação do motorista.
 Em seguida, continuando a viagem, o cobrador e o motorista começaram a zombar dos idosos, dizia o cobrador:
- “Velho tem que ficar em casa, tem nada que ficar andando de ônibus”.
  Continuando, disse o motorista:
 - “Você viu, a velha demorou descer, amarrando a viagem, e esse velho tuberculoso fez a mesma coisa, Indagou o motorista - Já pensou se  ele dá  uma crise dentro do ônibus”?
E assim, motorista e cobrador seguiram a viagem reclamando e criticando os dois idosos.
A secretaria Especial do Idoso, está enviando um ofício a direção da empresa como advertência para orientar seus empregados em relação ao tratamento para com os idosos, que é uma questão de educação e respeito a dignidade humana.
Na verdade não é simplesmente uma questão de respeito em relação aos idosos, se fossem crianças ou adultos,  não importa a idade, o que  nós cobramos é o exercício  da humanidade.Vejamos  o que reza o texto abaixo:             

“Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão  e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.”     
 Declaração Universal dos Direitos Humanos-Artigo I




Por Ricardo Quirino - Secretário Especial do Idoso do DF
 
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