A HORA DA SOLIDÃO “E OS ACHOU DORMINDO DE TRISTEZA”







A HORA DA SOLIDÃO “E OS ACHOU DORMINDO DE TRISTEZA”


Quem de nós caminharia por um lugar onde houvesse a certeza que a sombra da morte nos estaria esperando? A pergunta soa estranho, pois o ser humano daria tudo o que tem e troca de sua vida, ou faria de suas atitudes um extremo para salvar a mesma. Sabemos que, a vestimenta, o alimento, a luz do sol, as cidades, as pessoas, tudo é importante para o homem, mas o valor de sua vida é inquestionável. Quando coloquei meus pés no Jardim do Getsêmani (Em aramaico, “Gath Shemen”, ou seja, um lagar de azeite. Getsêmani é o nome dado a um jardim a leste de Jerusalém, além do Vale Cedrom, e perto do Monte das Oliveiras” não pude resistir a uma reflexão em busca de respostas para esta pergunta, afinal, faz parte da vida humana suportar a dor e momentos difíceis, mas o que chama a razão é para que evitemos tais situações. Porém, ele sabia que aquele lugar era um sinônimo de agonia, desamparo, abandono e solidão, e mesmo assim para ali se foi numa rara atitude de entrega, amor e sacrifício por um ideal que a nenhum outro ser seria digno realizar, deixar-se prender para receber em troca espinhos como troféu. Ele fez isso por sua própria causa? Não, mas por cada um de nós. Por isso lá, no jardim, a gente se sente tão pequeno e o mais altivo dos seres humanos é reduzido a nada diante das lembranças desse fato. As flores e o verde que lá existem falam ao nosso coração, ao menos para os que tem o coração quebrantado. As lágrimas derramadas ali, o desejo de ter os amigos ao seu lado, a dor de ver um dos seus, o trair com um beijo, a decepção ao ser tratado como um vil bandido, são muito maiores do que a simples a palavra que dizemos ás vezes, eu creio em Deus, é muito pouco para demonstrar fé e confiança. Meus amigos, aquelas pedras sobre qual me ajoelhei e o forte sol que queimava o rosto, foram testemunhas da luta do Senhor Jesus ao enfrentar uma tão imensa dor, não por livramento, mas por cada um de nós. Todas as pessoas deveriam um dia entrar e ter suas próprias experiências neste jardim. E nunca mais suas vidas seriam as mesmas. 

Ricardo Quirino, um peregrino de Israel 

Rquirino.10@gmail.com

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