Idosos do Cruzeiro, Candangolândia e Núcleo Bandeirante participam de Sessão de Cinema

A Secretaria Especial do Idoso promoveu na tarde de ontem (26), uma sessão de cinema com idosos das cidades de Cruzeiro, Núcleo Bandeirante e Candangolândia na Biblioteca Nacional de Brasília, com o filme Minhas tarde com Margueritte. A sessão é de graça e mais de 90 idosos assistiram ao filme. O evento é uma parceria da Secretaria do Idoso e Secretaria de Cultura através do Projeto Matinê da Maturidade.

"Minhas Tardes com Margueritte"- é um retrato sensível e delicado sobre a amizade, um encontro que se faz e se constrói pelas diferenças, e mais ainda: entre estranho. "O objetivo é oportunizar aos idosos, acesso ao cinema promovendo assim uma tarde de lazer, reflexão e integração entre os grupos, possibilitando o acesso a esse tipo de arte", ressalta, Quirino.

O filme sensível, mostrou Margueritte ensinando Germain a ler. Ele resite,  mas se esforça quando descobre que a amiga, amante de livros, ficará cega com o tempo. Também trata da rejeição ao idoso e dos desafios da convivência entre gerações. Germain vive com a mãe e tem dificuldades em lidar com ela, que está perdendo a lucidez. Já Margueritte é tratada por parentes como um estorvo. Questionados sobre esse aspecto do filme, os espectadores ouvidos pelo Correio Braziliense apontaram a solução: " desenvolver o amor e a amizade no mundo de hoje".

De sombrancelhas pintadas batom e brinco no nariz, Elcy Barbosa, 74 anos, acompanhou as últimas cenas com o brilho nos olhos. Para ela, o filme trouxe a recordação de "um tempo em que as pessoas eram mais sinceras". Elci explicou que a película trata da idade e do amor.

Aos 80 anos, Eli Silva Neves disse ter aprendido "muito" com o filme, que fez parte do Projeto Matinê da Maturidade, da Secretaria do Idoso do DF. Na visão da idosa, de cabelos brancos e fala trêmula, ao mesmo tempo os mais novos devem aprender com os mais velhos, os mais experientes também podem ampliar os pensamentos com a percepção de quem chegou há pouco no mundo. Para isso, precisam entender, o maior de todos os desafios.

Fonte: Correio Braziliense