A propaganda eleitoral do candidato Aécio Neves veiculada na
quinta feira nos meios de comunicação, nos trouxe uma característica
interessante, a presença de vários artistas, personalidade do mundo do esporte,
música e televisão, numa verdadeira cruzada artística em defesa do voto à Presidência da República. Nesse ponto a atenção se faz necessária, por quê?
Exatamente pelo fato demonstrar uma tendência na forma de governo futuro. Quem
terá acesso ou voz em seu pretenso governo? O povo ou a arte?
Ainda que dê certo, não seria uma
estratégia perigosa, pois apelar para a influência que essas pessoas têm sobre
a emoção das pessoas é pouco aconselhável. Não estou aqui referindo-me a
candidatura de um cargo pelo sistema proporcional, mas ao posto máximo da
política nacional. Isso é digno de reflexão. Não seria induzir os eleitores
mais apaixonados por seus ídolos ao voto irreflexivo, e consequentemente a uma
não avaliação de programas e projetos?
Dilma também apelou para a presença
de alguns artistas, Chico Buarque, Leci Brandão... Mas Aécio, nesse quesito, já
foi eleito, Zico, Ronaldo, André Valadão, Rosa Maria Murtinho, Milton
Gonçalves, Zezé de Camargo e Luciano entre outros, passou do limite. Estamos a
poucos dias da grande disputa eleitoral brasileira, e essa exposição de
celebridades numa campanha política, não estaria trazendo para a população, uma
falsa sensação, de que votando em Aécio, estaria apoiando o seu artista
preferido, em outras palavras, votando no astro e não no próprio candidato?
Bom voto a todos.
Ricardo Quirino
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